terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Pequenas mãos

Um dia, essa minha habilidade de gostar das coisas simples demais vai me destruir.
Calma, sem exageros.

Nesses últimos dias, tenho passado por um estado um tanto engraçado, querendo reviver tecos do meu passado. Sim, justo eu que abomino passados em geral e quero esquecê-los. Arrebentar todas as correntes de passado que prendem qualquer parte do meu corpo físico e não físico.
Com isso, fui rever uma antiga playlist minha no computador e encontro uma música abandonada lá no meio. A música se chamava “Lynsey Wells” e nunca me apeteceu muito devido ao baixo volume que ela tinha. O que me irrita, pois não suporto musica baixa. Há! =)
Como quem não quer nada, resolvo meramente procurar alguma coisa sobre Franz Ferdinand, uma das minhas bandas favoritas (clichê) e compositora da tal Wells. Vi vários comentários sobre a música e sobre um possível vídeo que a musica têm. Enfim, lá vai o babaca procurar.
Quando termino de procurar o vídeo e vou assisti-lo, subiu um frio pela minha espinha e chegou a me congelar de tal forma que até agora não consigo entender. A música é absurdamente diferente da que eu tinha e absurdamente mais cativante. Um clipe em preto-e-branco com Saskia Pomeroy (a L. Wells no clipe) a correr feliz e saltitante pelo mundo,com suas pequenas mãos, ao som da tal música.



Saskia Pomeroy é uma atriz formada na Escola de Artes de Glascow, nascida no ano de 1985. Além de aparecer nesse clipe do Franz, também aparece em outro mais ou menos da mesma época, 2006, chamado “Wine in the Afternoon”. Saskia Pomeroy, por essas duas únicas apresentações em mídia, motivou algumas pessoas de uma forma um tanto engraçada na Europa.
A música e o vídeo falam sobre uma garota que adora correr e se libertar jogando os cabelos ao vento, com suas mãos pequenas. Basicamente como o lado infantil de qualquer ser humano que tenha ao menos uma gota de sentimentalismo no sangue. A inocência, beleza e bondade são estampadas na cara de jovem de uma forma que jamais vi em qualquer pessoa. E em pesquisas mais profundas, descobri que a própria L. Wells existira de verdade e era vista exatamente da forma que descrevi por Alex Kapranos, escritor da música.

E não foi a música, não foi o vídeo, não foi a Saskia (olha a intimidade, há!) nem nada disso que me fez gelar até a alma. Foi um conjunto em si que me fez quase cair da cadeira quando começou a tocar e me estabilizou na mesma quando terminou.
Por fim, ainda estou extremamente assustado pra dizer qualquer coisa mais. Deixarei o vídeo para quem quiser assisti-lo.


Um comentário:

felipe ! disse...

Músicas de gelar, como elas ocorrem com frequência. Pelo menos pra mim.

:}