sábado, 15 de março de 2014

Da chuva

Que se inicia repentina
Ou anunciada.
Que se permite.
Que molha e inunda
Que é admirada
E muito odiada.
Molha o pé
E a alma.
Inspira o músico sonolento
E o amante apaixonado.
Que escurece o dia
E clareia num Arco-íris.
Mesmo quem vê da janela
Ou ao vivo de uma poça de lama
Se afetam.

Se permite ser inesperada
Ou ter aviso de chegada.
Que deixa permitir.
Que molha e encharca
Que se reluz
E relampeja.
Que deixa molhado o pé
E deixa encharcada a alma.
E o músico sonolento canta
Inspira o amante apaixonado que ama.
Que mesmo com Nimbus
Ou gotículas de óleo refletidas pelo sol.
Mesmo de longe
Ou de perto
É afeto.

Nenhum comentário: