quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Soneto Insípido

Sua voz foi dissipada de meus sonhos
Seus olhos foram esmaecendo de meus lábios
Meus pesadelos se tornaram mais sábios
Meus lábios me traíram risonhos.

Suas mãos saltaram do meu pescoço
Seus cabelos enroscaram em meus ouvidos
As palavras, assim, perderam o sentido
O medo resumiu-se nesse frio colosso.

O desejo existiu
O amor fingiu
Os dedos sutilmente abandonaram-se no papel.

O calor viveu
A esperança esqueceu
E cobriu seu castigado rosto profundamente como um véu.

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