sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Sentimentalismo de Monitoramento

Um viva aos tempos nublados. Um viva aos dias de torpor. Vivas à morte, à libertação e às viagens astrais. Aos tempos nublados e a repressão indireta.
À vigilância, ao sono e à depressão. Ao espasmo, ao orgasmo e à destruição. Vulgo destruição essa falta de sentimentalismo barato que circunda essas mentes insanas. É tempo nublado. É tempo de ódio. É tempo de se jogar pela janela para se libertar.
Vigilância constante. Vamos todos nos policiar e policiar aos outros ao redor. Pois o gramado é, sem sombra de duvidas, muito mais esverdeado. Além disso, a privacidade escassa é sempre alvo de grande pudor interno e não sacro. Poderia até afirmar que o mesmo é INEXISTENTE.
Agora, o que leva a não-existência da mesma é o rancor de antepassados irrelevantes e momentos epifânico. Processos de introspecção particular são infrutíferos e provavelmente não são bem aceitos se você os materializar. Como dizer o que se quer sem trair os próprios pensamentos? Como dizer o que se quer sendo que você é monitorado constante e descaradamente? Seremos subjetivos e não diretos até o fim de nossos dias?
Seremos objetos diretos de especulações alheias?
Como então deixar de escapismo, espirrar as palavras sentimentalizadas e aderir à realidade?
Quer saber, não importa.
Foda-se, querida.

Leia também o Monitor de Sentimentos

3 comentários:

felipe ! disse...

seremos não diretos pra toda a vida ? sentiremos esse sentimentos de policiamento alheio eterno e descarado ?

e claro, não importa pelo quê. pelo que você é, fala, faz, sente, erra... erra.

foda-se.

Débora Pereira de Almeida disse...

Presos, martirizados, enclausurados em nossos pensamentos por não poder expô-los. Mas se os expuséssemos, seriam eles verdadeiros?

Pedro Dias disse...

Na verdade, não foram os pensamentos que enclasararam a mim.
Foram pessoas de verdade,pode acreditar.

Sim, estou sendo policiado. Eainda assimestou expondo o que sinto. Com restrições, é claro.